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LIVRETO SOBRE SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA E MAL-ESTAR SOCIAL Santa Maria, 2020. SOBRESP – Faculdade de Ciências da Saúde Rua Appel, 520. Santa Maria – RS, Fone: (55) 3214.1111, e-mail: contato@sobresp.edu.br; Coordenação e edição Proª. Me. Pascale Chechi, Psicóloga CRP07/15543 pascale.chechi@sobresp.edu.br Autores Adrion Paim Azolin Ana Rutiele carvalhos Silva Alana Pohlmann dos Santos Ivana Lice de Oliveira Ferreira Nathalia Menezes Thadeu de Oliveira Lucca Mauricio Krauspenhar Medeiros Miguel Pereira dos Santos Neto Paula Giovana Pereira dos Santos Leonardo Vieira Flores Lumi Nakashima Livreto construído à partir do Projeto extensionista apresentado à disciplina de Processos Clínicos e Sociedade do 7º semestre do curso de Psicologia da Sobresp. Vivemos esperando Dias melhores Dias de paz, dias a mais Dias que não deixaremos Para trás Vivemos esperando O dia em que Seremos melhores (melhores, melhores!) Melhores no amor Melhores na dor Melhores em tudo Vivemos esperando O dia em que seremos Para sempre Vivemos esperando Dias melhores pra sempre Dias melhores pra sempre (pra sempre!) Dias melhores (Jota Quest) Sumário ⦁ Nossa proposta ⦁ Tempos difíceis Sentimentos sobre a Pandemia do COVID-19 e o Isolamento social. ⦁ Possibilidades frente as Impossibilidades ⦁ As Redes Sociais Como Ferramenta De Enfrentamento ao Covid-19 ⦁ Ainda sem conclusões ⦁ Referências bibliográficas

Nossa Proposta

Este livreto foi construído a partir do Projeto de Extensão da disciplina Processos Clínicos e Sociedade. Essa é uma disciplina curricular obrigatória para conclusão do curso de Psicologia da faculdade SOBRESP, que possui em sua programação uma atividade de objetivo extensionista, denominada: “Vamos Falar Sobre…”? Compartilhamos histórias, ouvimos uns aos outros, falamos com pessoas ao nosso redor, trocamos diversos sentimentos e identificações de como cada um está sentindo e enfrentando este momento. O objetivo da atividade foi a promoção de saúde mental.

A Pandemia causa impactos muito grandes na vida de todos os indivíduos, gerando sentimentos de angústia, desequilíbrios e fazendo com que seja um desafio se adaptar a esta nova realidade.

Buscamos entender e apresentar como cada um está lidando com seus sentimentos interiores e as suas relações, diante de toda uma mudança de paradigmas impostos pela pandemia direta e indiretamente. A intenção é de que a cartilha circule nos meios digitais e possa colaborar com a sociedade, enquanto reflexão, informação e cuidados com a saúde mental.

Tempos difíceis…novos tempos

Enfrentamos tempos difíceis desde que foi declarada a pandemia mundial do COVID-19, espécie de Coronavírus. Diversas mudanças tiveram de ser feitas em todo o mundo para se adaptar às novas circunstâncias. Medidas de proteção, como o isolamento, o uso de máscaras, luvas, distanciamento físico, proibição de aglomerações, o que resultou no fechamento de setores considerados não essenciais, como comércio, instituições de ensino e escritórios. Além de introduzir uma nova rotina, o vírus trouxe um impacto muito grande para a troca afetiva, como o sorriso omitido pela máscara facial, o abraço proibido pelo distanciamento físico ou, até mesmo, no compartilhamento da bebida típica da região Sul, como o chimarrão.


Tudo se deu para que o ser humano conseguisse se manter em casa com saúde, por conta de um vírus que se tornou uma pandemia mundial, fazendo muitas vítimas fatais. Com isto, os indivíduos foram obrigados a mudar seus costumes e sua maneira de viver.

Estamos de “quarentena”! Isso significa manter-se recluso do convívio social, afastado das pessoas que, muitas vezes, fazem parte da nossa rotina de convívio e, por tudo isso, tal medida pode ser vista como a que mais causa sofrimento psíquico aos indivíduos, pois nos priva de abraços, beijos e qualquer demonstração de afeto, que requeira contato físico.

Devido à grande contaminação, houve também o início do trabalho remoto, a dificuldade de estabelecer uma rotina, a convivência familiar, o impacto da política, estabelecimento de novas limitações, diante do avanço da pandemia e, por outro lado, convivemos com o medo de uma crise econômica e suas consequências.
Uma pandemia produz um impacto imensurável na saúde mental dos indivíduos, provocando em toda a população tensões e angústias, mesmo que em maior ou menor grau. Mesmo diante a todas as medidas tomadas, o número de contaminados e mortes, trouxe uma realidade nova, totalmente atípica. Assim, por conta de um evento externo que ultrapassa os seus mecanismos de enfrentamento, sejam por serem insuficientes, sejam pelo desconhecimento do que se enfrenta, se observa um desequilíbrio e incapacidade de adaptação psicológica (Organização Pan-Americana da Saúde, 2006).

Apesar dos esforços mundiais, o novo vírus ainda não possui estudos conclusivos sobre a sua imunização, com isso, acaba despertando preocupações na população, não somente de nosso país, mas também mundialmente (Do Bú et al., 2020). Visto, por este panorama, se conclui que além de estar propenso a contrair o vírus, a sociedade se torna mais suscetível, na forma de desencadeio ou potencialização de desajustes socioafetivos e transtornos psicológicos, por conta do medo, sensações de insegurança e impotência. (Hutz et al., 2016; p. 17).

Alvitramos aqui uma discussão com vistas aos enfrentamentos íntimos; como estamos lidando com nossos “fantasmas interiores”, agora que fica mais difícil a fuga para atividades exteriores, tais como: passeios em shoppings, atividades externas, atividades físicas ao ar livre, viagens, festas, baladas, etc. Compelidos à relação familiar, ou a solidão, olhamos para nós mesmos, convivemos conosco, repensamos nosso futuro, nossa profissão, nossa carreira. Questionamo-nos como será tudo isso depois que passar esta fase? Como fazer para nos adaptarmos aos novos paradigmas, aos “novos tempos” pós-pandemia!? O mundo pós-pandemia será diferente?

A pandemia precipitaria transições já em curso, como o trabalho remoto, home office, educação à distância, busca por sustentabilidade, ou mesmo reivindicações da sociedade, para que as empresas assumam maior responsabilidade social?

Estaria se intensificando reflexões a respeito da revisão de valores através deste colapso sanitário, como, por exemplo, uma maior inclinação para a empatia e solidariedade, pondo em xeque um modelo baseado no consumismo e ganhos a qualquer custo? Estamos questionando sobre a necessidade de nos reinventarmos, de nos adaptarmos confrontando crenças internas limitantes e sobre provocarmos verdadeiras mudanças em nós mesmos.
Sem dúvida, as transformações serão inúmeras: na economia, nos padrões de negócios, na cultura, nas relações sociais, na psicologia, em nossas relações com os espaços públicos na comunidade onde estamos inseridos. Como estamos nos colocando emocionalmente, psicologicamente, diante de tudo isso?

Sentimentos sobre a Pandemia do COVID-19 e o Isolamento social

Durante o isolamento, alguns sentimentos estão sendo enfrentados: preocupação, nervosismo, inquietação e insegurança. A partir deles percebe-se que passam a existir pensamentos catastróficos perante a situação, fazendo com que se reflita de forma pessimista e negativa, ao menos em parte do tempo.
Outro sentimento oriundo do isolamento é a saudade. A falta dos amigos e familiares é algo frustrante e intenso. O afastamento das pessoas queridas e a expressão “Saudade” tem uma representação quase que inefável. As pessoas demonstram, de formas semelhantes, o abalo que a pandemia provoca. Há um desconforto nessa mudança de rotina, gerando mal-estar.

O livro “Mal-Estar da Civilização” aborda justamente o impacto que a sociedade e a cultura trazem ao indivíduo. A discordância entre as exigências do desejo e, o socialmente imposto pela civilização, entram em constante conflito, causando um sacrifício da essência de cada um dos seres humanos (FREUD, 1930). Segundo Freud, o papel da cultura na formação ética e moral dos sujeitos tem a função de controlar e padronizar os sujeitos, fazendo com que os indivíduos abram mão de seus desejos pessoais, para assim conseguirem fazer parte de algum grupo social.

O ser humano trocou uma parcela de sua felicidade para ter uma possibilidade de viver em segurança (física). Optamos em realizar um isolamento social, para preservarmos a vida. Esta troca da felicidade pela segurança é confirmada quando as pessoas trazem aspectos de insegurança com a falta de recursos da saúde, mesmo que sua pulsão de vida esteja voltada para a prevenção, ainda consta esta insegurança.

Quando tudo isso acabar, inevitável será o desejo de mudanças, de adquirir novos hábitos, desejo de ter um mundo com pessoas mais empáticas, que deem mais valor à prazeres simples como um simples aperto de mão e, um abraço.

Apesar dos sentimentos negativos atuais, as pessoas tem buscado alternativas para ocupar seu tempo, buscar equilíbrio e a felicidade, em pequenos atos. Vemos casos de solidariedade com seus parentes mais velhos, quando filhos, netos ajudam em suas compras e, assim, buscam evitar que se contaminem com a doença. Além disso, pessoas que, através do artesanato e a confecção de máscaras para a população necessitada, ocuparam seu tempo dando um destino ao emocional, ocupando sua mente com tais trabalhos, enfim, contribuindo da forma que podem.

Observamos a intensidade das emoções daqueles que, mesmo em meio à Pandemia, não puderam parar de trabalhar, profissionais da saúde, profissionais do transporte urbano e de cargas, atendentes do comércio essencial, todos saindo de suas casas e enfrentando o dia-a-dia de trabalho, com medo, mas também com coragem e determinação de quem vive o trabalho como objetivo maior. Um misto de sentimentos.

Observamos as crianças reclusas, sem a rede de apoio desempenhada pela escola. As mães e pais buscando se adaptar à uma rotina recheada de tentativas, erros e acertos, assim como culpas, impaciência, tristezas e alegrias. Sentimentos intensos que se renovam, dia após dia, na rotina do lar, onde o isolamento não dá margem para escapadas para passeios e pracinhas.

A Saúde mental acaba sendo imprescindível para administrar essa intensidade de sentimentos e vivências. Podemos pensar que ela nunca foi tão necessária como neste ano de 2020.

Possibilidades frente as Impossibilidades

A vida apresentada ao ser humano é árdua demais, diz Freud, trazendo consigo muitas dores e sofrimentos, levando o sujeito ao adoecimento. O sofrimento ameaça o ser humano de três formas ou lados: a partir do próprio corpo, que se torna destinado à morte; o sofrimento a partir do mundo externo, uma força prepotente e destrutiva, como a natureza; e a terceira forma seria o sofrimento que provém das relações com o outro, sendo a de modo mais doloroso (Freud; 1930; p.p. 61- 64).

No ano de 2020, com um número absurdo de mortes, preservar a vida foi o objetivo principal. A angustia de não termos controle sobre a vida e as situações cotidianas, as impossibilidades causadas pelo isolamento, limitando o contato física com o outro, nos adoeceram emocionalmente.

O mal-estar a partir das relações com os outros, segundo Freud (1930), seria o mais penoso de todos, pois com ele somos atingidos em nosso sentimento mais primitivo (Bets; 2014). Diante da Pandemia, reencontramos o desamparo experimentado desde a infância pela falta do outro. A dependência ao outro para a autopreservação do ser humano, revela uma dupla face, um misto de satisfação pela presença e completude, por outro lado, a falta, que traz o sentimento de angustia e de desamparo. Sentimento mais íntimo e real.

Crescemos com a ilusão do amparo. Amparo da mãe, do pai, da escola, do social… é possível que dentro desses lugares ilusórios, o ser humano consiga dar conta do mal-estar do sentimento de desamparo. De alguma forma, o sujeito vai encontrar algo para sustentar este desamparo, mal-estar que é gerado pela falta da razão, pela falta do outro (Fred; 1930).

O sujeito se encontra num momento em que necessita administrar questões do social, questões internas e questões dentro da sua própria relação. Quando se vê nessa tarefa difícil, o mesmo se utiliza de medidas paliativas que nos levam a extrair luz na nossa desgraça e encontrar uma forma de cultivar o jardim.

Entre as medidas paliativas, temos o apego a cura da doença, utilização de aparelho tecnológicos para diminuir a saudade de seus entes queridos, como também o sentimento íntimo de que esta situação irá passar, a busca em amparo na religião. Estas medidas, indubitavelmente, são derivativos importantes para que o sujeito saia deste sofrimento emocional, da infelicidade proporcionada pelas impossibilidades.

Para Freud, a maior certeza na vida é a morte, o que chamamos de felicidade, no sentido mais restrito, provém da satisfação (de preferência, repentina) de necessidades reprimidas em alto grau, sendo, por sua natureza, possível apenas como uma manifestação episódica. Quando qualquer situação desejada pelo princípio do prazer se prolonga, ela produz tão-somente um sentimento de contentamento muito tênue. Somos feitos de modo a só podermos derivar prazer intenso de um contraste, e muito pouco de um determinado estado de coisas. Assim, nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa própria constituição. No mundo atual, muitos indivíduos renunciaram a sua felicidade íntima, devido ao contagio do vírus. Por outro lado, alguns, se consideram felizardos, apenas por não terem contraído o vírus.

Depois que o homem primitivo se deu conta de que sua sobrevivência estava em suas mãos, percebeu que seria vantajoso viver em grupo. A vida comunitária dos seres humanos teve, portanto, um fundamento duplo: a compulsão para o trabalho, por necessidades externas, e o poder do amor. Quanto mais os indivíduos de uma família se sintam ligados entre si, mais dificuldades terão de se unir aos outros de fora da família. A vivência em família tem sido uma saída para dar conta do desamparo e do mal-estar, já que as relações de amizade se encontram prejudicadas.

As Redes Sociais Como Ferramenta De Enfrentamento ao Covid-19

A tecnologia se apresenta como uma aliada social no enfrentamento da Pandemia, pois através dela podemos utilizar as diferentes redes sociais existentes para minimizar os impactos produzidos pelo isolamento. Por meio das redes sociais é possível dialogar, enviar fotos e vídeos, compartilhar informações, realizar reuniões, estudar, trabalhar e, até mesmo, promover festas virtuais.

Há algum tempo atrás era comum escutarmos discursos sobre o afastamento social produzidos pela chegada das redes sociais, do quanto esse recurso tecnológico havia impactado negativamente as relações, tornando-as superficiais. Atualmente, vivenciamos um cenário onde as redes sociais tem sido o maior recurso encontrado pelos sujeitos para “circular” no meio social. Sendo assim, poderíamos dizer que as redes sociais passaram de “vilãs do social” às “salvadoras da sociedade atual”? Vamos pensar nos dois lados.

Faz-se importante compreender como os sujeitos tem se relacionado nas Redes Sociais durante a pandemia, para entender os aspectos positivos e negativos deste uso. As redes sociais em tempo de Pandemia tornam-se um grande instrumento de informação e de comunicação, numa velocidade extraordinária. Isto faz com que tenhamos conhecimento e que possamos acompanhar os fatos em tempo real. Outro fator positivo da rede social em tempos de isolamento social é que contamos com um instrumento para continuar a interagir e nos comunicar com as pessoas com muita facilidade. Assim, minimizamos o sentimento de solidão, nos confortamos, mesmo diante do distanciamento. Com ela, podemos, atualmente, manter as escolas das crianças, faculdades em andamento. As “lives” substituíram os grandes eventos trazendo entretenimento e também conhecimento.

Serviços importantes como consultas Psicológicas on-line se tornaram um forte aliado para a saúde mental na prevenção, promoção e tratamento. No ano de 2012, o Conselho Federal de Psicologia lançou a Resolução n°11/2012, que regulamentava os atendimentos on-line. No ano 2018, essa resolução foi aprimorada e, neste momento da Pandemia, acabou sendo novamente editada para abarcar a demanda dos pacientes e orientar profissionais para o uso da tecnologia, aliada à ciência. O CFP orienta que os profissionais da Psicologia podem prestar consultas ou atendimentos psicológicos de diferentes tipos, por meio de várias tecnologias da comunicação. O Conselho salvaguarda que esses atendimentos devem seguir, com coerência e fundamentação, a ética e as regulamentações da profissão. O profissional deve cadastrar-se no E-Psi e assim comunicar a tecnologia ocupada, bem como a adaptação do espaço físico e virtual para a prestação deste serviço.

Essa conduta do CFP demonstra um cuidado importante para que esse serviço não seja feito de qualquer maneira, com negligências. Nos faz refletir que, embora as tecnologias tragam consigo todos os benefícios, as mesmas também podem trazer consigo muitos fatores negativos, sendo o principal deles a disseminação de notícias e informações falsas ou equivocadas, as “fake News”.

Neste aspecto, além de impactar de forma negativa na conscientização da população sobre a necessidade das medidas preventivas, gera tensão nos ambientes virtuais, tornando-se mais um agravante para a saúde mental da sociedade, nos fazendo refletir que, sendo as Redes Sociais um ambiente virtual, onde é possível expressar opiniões e posicionamentos sem estar diante do outro, existirão hostilidades nas discussões, dando vazão à agressividade.

Por que as pessoas parecem não ter o mesmo “sentimento de culpa” no ambiente das Redes Sociais do que pessoalmente? A possibilidade de punição vinda de uma autoridade externa às Redes seria menor? A ética e moral se tornam menos rígidos no ambiente virtual? Damos menos valor às relações quando elas são virtuais?

Mesmo buscando os limites necessários para o uso, a utilização das Redes Sociais, como medida de enfrentamento à Covid-19, tem se mostrado uma aliada social nesse momento, pois torna possível a comunicação e cultivo de laços afetivos, ainda que de forma virtual.

Consideramos de extrema importância que novos estudos que possam surgir acerca desta temática, na busca de respostas para tantos questionamentos, já que temos o intuito apenas de lançar a reflexão. Sabemos que o uso das Redes Sociais, atualmente, vai além do entretenimento e, portanto, serão cada vez mais recorrentes na sociedade como meios de comunicação, informação e formação de opiniões. A própria escrita desta cartilha só pode ser possível com a comunicação on-line nas aulas e com as pessoas da sociedade.

Ainda sem conclusões

É importante refletirmos as mudanças que estão acontecendo e seus impactos na sociedade e na subjetividade de cada um. Como isso irá afetar a saúde física e mental das pessoas e quais serão as suas consequências.

Esperamos que este escrito tenha norteado o leitor para o tema proposto e desenvolvido uma breve reflexão sobre os sentimentos oriundos deste momento. Também, indicar nortes sobre as possíveis saídas para o mal-estar.

Apesar dos tristes acontecimentos e dos sentimentos predominantes de frustração, preocupação e saudade, muitos têm utilizado este tempo para refletir sobre suas vidas e realizar atividades que a rotina não permitia.

Independentemente de como está sendo o cotidiano durante o isolamento social, é necessário dedicar um tempo para as atividades prazerosas, redobrar o cuidado com a saúde e a prevenção, não só física, mas principalmente a mental.

Enquanto a vacina para o vírus não se torna uma realidade, o melhor remédio contra os efeitos da Pandemia e do Isolamento é uma boa dose de Saúde Mental, com o recurso da terapia pessoal. Já que a forma como enfrentamos os momentos difíceis fazem toda a diferença em nossas vidas e na construção do mundo que queremos e estamos inseridos.

REFERÊNCIAS

Betts, J. (2014). Desamparo e vulnerabilidade no laço social–a função do psicanalista. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre,(45-46).

Do Bú, E. A., de Alexandre, M. E. S., dos Santos Bezerra, V. A., da Nova Sá-Serafim, R. C., & de Lima Coutinho, M. D. P. (2020).

Representações e Ancoragens Sociais do Novo Coronavírus e do Tratamento da COVID-19 por Brasileiros. Estudos de Psicologia.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICA DA SAÚDE. Proteção da saúde mental em situações de epidemias. 2006.

Freud, S., Zwick, R., Cromberg, R. U., & Endo, P. (2010). O futuro de uma ilusão. L & PM EDITORES.

FREUD, S. O mal-estar da civilização. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago: 2006. Volume XXI .